quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Tempo de Conversão

Com o intuito de melhor celebrar as festividades natalinas, a Igreja instituiu um tempo de quatro semanas que tem como finalidade convocar a todos os cristãos para que, à semelhança das virgens prudentes do evangelho de Mateus, permaneçam em permanente estado de espera pelo Senhor que virá uma segunda vez.
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, o advento não é um tempo de pesar, como é o caso da quaresma, mas de alegre espera, pois a Igreja, na certeza de que o Senhor virá para nos libertar definitivamente e nos introduzir na herança de seu Reino, vive na terra com o olhar para o alto, gritando, "Maranathá!".

Além disso, o advento não pode ser vivido como se já fosse o tempo do natal, mas como tempo preparatório. Todavia, o que se constata é que, graças a cultura de consumo, o natal, tendo em vista o lucro, tem sido cada vez mais antecipado, mudando completamente o sentido desse tempo.

Portanto, abramos nosso coração para acolhermos o convite que ressoa em nosso coração a nos convidar à VIDA NOVA!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A aparente impotência de Deus!

Sempre que ocorre uma tragédia que causa fortes comoções nas pessoas, nunca faltam indivíduos que atribuem tais acontecimentos a Deus. Certamente são pessoas boas e piedosas, mas que, graças a uma falsa imagem que foi atribuída a Deus, muitos se desviam da verdadeira fisionomia do Deus terno que, em um grande impulso de amor, criou o homem com uma dignidade superior até aos anjos que habitam no céu.
Diante de tal entendimento, devemos nos perguntar: Como é possível que Deus, sendo tão amoroso, pode permitir que ocorra tragédias do tipo que ocorreu em Santa Catarina? Como pode Deus permitir que pessoas boas sejam atingidas por sofrimentos de proporções tamanha que quase não se pode suportar? Por quê Deus não evita tais calamidades, afinal de contas ele não se diz tão bom para as com homens, obra prima de suas mãos? Como pode acontecer que alguns vivam tão bem, enquanto muitos outros vivam sufocadas por sofrimentos tão atrozes, que se assemelham a alimentos atravessados na garganta?
Evidentemente, todas essas indagações são legítimas e, creio eu, até mesmo Deus as entende e as respeita quando pessoas, em estado extremo de amargura, se perguntam onde está Deus em momentos de dor infinita. Contudo, a doutrina da Igreja Católica fala de "uma aparente impotência de Deus". De fato, existem algumas coisas que Deus decidiu não poder!

Ele não pode, por exemplo, deixar de amar o homem, mesmo que este decida para sempre não precisar D'ele; Ele também não Pode interferir na liberdade humana, pois espera que a sua criatura amada o procure por um ato deliberado. Além do mais, é, precisamente a liberdade, o elemento fundamental da dignidade que Deus imprimiu no homem. Quem ama não aprisiona!

Mas, como responder a questões tão pertinentes e tão concretas como estas que os noticiários tem mostrado nesses últimos dias? Na verdade, o que ocorreu em Santa Catarina, foi decorrente de um uso irracional da natureza. Há décadas o homem vem agredindo o meio ambiente sob o pretexto de progresso econômico que visa o bem estar. Entretanto, isso trouxe desajustes tremendos para o ciclo ambiental! Desse modo, dá para perceber que a culpa não é de Deus, ele é apenas um bode expiatório nas mãos do homem.

Além do mais, creio que devemos nos preparar para catástrofes naturais maiores, visto que o desequilíbrio ambiental que o homem, por um ato livre, provocou na natureza ganhou proporções tais que não se pode mais calcular.

Tudo isso que foi dito, a meu ver, serve para responder as outras indagões na ordem do sofrimento humano. O homem sofre: isso é um fato. Mas, a causa não está em Deus! Se averiguarmos bem, a fonte de todo sofrimento está no mal uso da nossa faculdade volitiva.

Portanto, convido a todos a conceder a absolvição a Deus.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O sentido da espera

A revolução tecnológica vem modificando profundamente o modo de vida dos homens. Com efeito, as facilidades, a comodidade e a rapidez com que os instrumentes eletrônicos nos atendem é surpreendente! Para se ter uma idéia, basta citarmos o fato de que ninguém quer mais assistir TV tendo que levantar-se de sua poltrona para mudar o canal. Além do mais, a Internet viabilizou a aquisição de mercadorias sem sair de casa e a entrega é realizada em um prazo cada vez mais curto.

Evidentemente, tudo isso é visto por todos como algo bom e desejável. Contudo, todo esse aparato tecnológico proporcionou profundas mudanças na vida das pessoas mergulhadas no mundo do consumo, tornando-as incapazes de esperar algo. Sem dúvida, essas conquistas são de grande validade para todos nós e não se trata aqui de levantar uma bandeira anti-modernista, mas o que se pretende é chamar a atenção para não sermos tragados pelo imediatismo vigente em nossa cultura, pois o resultado de tudo isso é a relativização da própria pessoa, visto que o processo de construção de nossa individualidade exige um período logo de dormência no qual a única coisa que resta a fazer é esperar.

Além do mais, para nós cristãos, o que fundamenta nossa prática, é a certeza de uma realidade que está por vir, mas que, em germe, já a possuimos! De fato, que este tempo do advento nos proporcione uma fé espectante Naquele que nos visitará com o intuito de nos elevar à familiaridade divina!


terça-feira, 25 de novembro de 2008

A linguagm dos cães

Certo dia um menino foi enviado pelo pai a percorrer todas as aldeias da região afim de que aprendesse alguma arte que fosse útil para a vida. Passado um certo tempo, ele volta para casa e o pai, de pronto, o indaga a respeito do que ele aprendera durante o tempo em que esteve fora de casa, o que o filho respondeu:
- Pai, aprendi a interpretar o canto dos passarinhos!
Decepcionado, o pai o repreende e, com os olhos cheios de esperança, o envia novamente com a mesma incubência.
Decorrido mais um certo tempo ele regressa para casa e como resposta à indagação do pai, responde que aprendeu o coachar das rãs. Desta vez, o pai se aborreceu sobremaneira e decidiu mandá-lo para fora de casa de modo que só voltasse algum dia com uma profissão.

O filho saiu perambulando de aldeia e em aldeia até que em um desses dias comuns, bateu na porta de um castelo para pedir ao rei daquela região que lhe concedesse pernoitar em algum canto do castelo. De improviso, o rei apresentou a torre do castelo com a seguinte recomendação:
- Meu filho, aqui só há espaço na torre do castelo. Porém, devo advertir que lá residem os cães feroses que já mataram mais de um.
A criança imediatamente aceitou a oportunidade e falou:
- Não tem problema magestade, eu me dou muito bem com os cães!
Ao entrar no recinto, como sabia falar a língua dos cães, o menino foi logo saldando:
- Olá, meus amigos!!! Fiquei sabendo que vocês eram feroses!
Surpresos, os cães apressaram-se e disseram:
- Só somos feroses porque guardamos um grande tesouro aqui na torre, mas como você foi a única pessoa que falou conosco, queremos mostrar-lhe toda a riqueza do rei.

Com efeito, para desvendar as riquezas escondidas no subterrâneo do nosso interior, é fundamental que tenhamos a coragem de lidar com realidades tenebrosas e assustadoras. Para vencermos nossa negatividade é preciso que aprendamos a linguagem de nossa própria fraqueza e, a partir de então, descobrirmos a riqueza que há em nós!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Quem sou eu?

Noutro dia, caminhado pelas ruas da cidade, deparei-me pensando na condição humana. Percebi que, não obstante tantas conquistas que trazemos em nosso gabarito, estamos nos tornando alienados no que tange ao conhecimento de algo tão necessário a qualquer indivíduo. Refiro-me a aptidão do desvelamento do mistério que envolve nossa identidade como pessoa. Evidentemente, essa identidade vai, ao infinito, além do nosso número de RG ou CPF; é algo que foi impresso na constituição humana desde o momento em que fomos pensados por Deus.
Vivemos uma época em que tudo chama nossa atenção para fora de nós mesmos. De fato, não agüentamos parar para descobrir nossa identidade pessoal, pois muitas vezes isso implica em lidarmos com realidades que preferimos ignorá-las à confrontá-las com a sobriedade de quem percebeu que é na fraqueza que se manifesta a força.

Permanece novo o adágio de Sócrates, Filósofo grego, que diz: "Conhece-te a ti mesmo!". É verdade que essa intuição desse grande homem da nossa história, se faz dogma, pois é uma verdade inquestionável. Par ser um grande homem ou uma grande mulher é fundamentalmente necessário que sejamos mestres na ciência de nós mesmos.
Contudo, diante da correria do dia a dia, do agitado movimento de uma cidade grande, torna-se quase papel de um verdadeiro artista, fechar nossos olhos para todas as chamadas publicitárias e nos reportarmos para nossa área restrita do nosso "Eu" mais profundo. Não obstante o grande desafio, faça a experiência de ti mesmo e verás quem Deus É.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O que é amar?

É muito comum falar de amor! Essa expressão encontra-se presente em rodas de pessoas de todas as idades e lugares. Todavia, é bem verdade que cada dia que se passa essa expressão vem ganhando cada vez mais conotações que divergem essencialmente do seu sentido primordial, tornando-se apenas em uma palavra a mais no vocabulário usado corriqueiramente pelas pessoas. Assim, o termo "amor" é utilizado para falar de sexo e de sentimento prazeroso em relação aos outros. Porém, isso é muito pouco para designar algo tão profundo!

A expressão "amor" será plenamente compreendida se formos capazes de nos reportarmos para Àquele que é a essência do próprio amor. Trata-se daquela fonte primordial de onde emana a vida que se traduz em uma doação plena.
Para responder a pergunta: "quem é Deus?", João afirma categoricamente que ele é AMOR! Portanto, para ele, Deus não tem amor, simplesmente... Ele é o próprio amor! Essa compreensão parte do princípio de que o amor não se resume apenas a uma energia ou sentimento, mas é uma pessoa que foi capaz de esvaziar-se a ponto de criar aqueles que seriam os destinatérios dos seus próprio benefícios.
Partindo desse pressuposto, podemos afirmar que o amor não pode ser objeto nas mãos dos homens. Só se ama de verdade se, em conformidade com Deus, formos capazes de nos esvaziarmos em vistas do outro. Duvido do "amor" que se preocupa unicamente com sua própria satisfação. Aliás, creio que isso é a causa de tantos relacionamentos fracassados, pois vivemos uma cultura marcadamente egoísta; nossas relações estão profundamente arraigadas na busca frenética por satisfação e o outro pode se tornar apenas em um meio para isso.
Deus é amor! Só ele é nossa verdadeira satisfação e todas as coisas são acréscimos. Devemos amar os outros, mas isso só será possível se compreendermos que fomos projetados por Ele para a oblatividade e auteridade. Desse modo, seremos mais nós mesmo!

O Bom Pastor

Eu sou o BOM PASTOR
Mc 6, 34
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão. Ele foi tomado de cmpaixão por eles, porque eram como ovelhas sem pastor, e pôs-se a ensinar-lhes muitas coisas.

O cenário que contemplamos nessa perícope está permeado de dramas e desilusões por parte do povo de Israel. Mas, antes de nos fixarmos no trecho que acabamos de ler, tentemos compreender um pouco o contexto em que o episódio se desenvolve.

Antes de tudo, é conveniente observarmos, a partir dos textos vetero-testamentários, que Deus sempre se demonstrou cioso na escolha de homens que, sendo tirados do meio dos seus irmãos, são destinados ao ministério do pastoreio. Assim, ao longo da história do povo de Israel, houve várias sucessões de pastores, dos quais muito deles se corromperam e conduziram o povo de Javé para a própria ruína.

Evidentemente, a representação do povo de Israel no tempo de Jesus não era muito diferente do que encontramos com freqüência no Antigo Testamento. Os próprios Evangelhos atestam que os pastores do povo eram pessoas que impunham fardos pesados sobre o rebanho, porém, eles mesmos não eram capazes de carregá-los.

Os chefes de Israel no tempo de Jesus eram compostos por uma elite pensante que interpretava a Lei e se diziam fiéis à Tradição dos Antigos. Eles se afirmavam como homens santos e, portanto, apartados dos demais membros da comunidade. Alguns foram classificados por Jesus como hipócritas, pois construíam uma imagem de uma piedade exterior, objetivada unicamente pela vaidade religiosa.

Dentre os que se diziam “chefes do povo”, os evangelhos fazem destaque da figura do grupo dos fariseus. Esse grupo pretendia apressar a vinda do Messias de Israel mediante a observância estrita da Lei, sob pena da própria vida. No entanto, Jesus os censurou porque eram presos a preceitos escravizantes.

Os Escribas eram os legistas e sacerdotes do povo. Eram, na maioria dos casos, grandes latifundiários que lucravam muito com a atividade sacrifical do Templo. Uma vez que os homens que ia oferecer animais no Templo não podiam conduzir suas oferendas de casa para que não houvesse risco de se oferecer animais defeituosos, eram eles que forneciam aos vendilhões os animais destinados ao ato litúrgico. Isso era uma atividade muito rentável. O profeta Oséias, com muito vigor, censurou essa classe, pois segundo ele, “Eles se alimentam dos pecados do meu povo e anseiam por sua falta” (cf. Os 4,8). Essa crítica do profeta visava atacar os sacerdotes corrompidos que faziam do pecado do povo uma atividade lucrativa para eles, uma vez que quanto mais o povo pecasse, mais necessidades teriam de comprar no pátio do Templo animais a serem oferecidos em sacrifícios. Além do animal vendido, um terço da carne oferecida era separada para o próprio sacerdote.

No tempo do ministério de Jesus os pastores do povo não gozavam de muita reputação. O povo já estava saturado de piedades e práticas aparentes. Jesus, então, aparece como o grande diferencial. Ele não impunha um conjunto de códigos de condutas, mas ele convida os seus ouvintes: “vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontreis descanso para vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu peso é leve” (cf. Mt 11, 28-30).

Na tradição judaica, o pastoreio era considerado como sinal da predileção divina pela raça de Israel. É por isso que em tempos de crise, o povo lamenta pelo sacerdote que perambula pela cidade, como se eles mesmos necessitassem de alguém que os orientasse.

A cena do Evangelho de Marcos é reflexo de um total estado de desencanto com o modelo religioso e social tradicionais. O povo anda de um lugar a outro a procura de um verdadeiro pastor que os apascente. Certamente, o pastoreio de Jesus divergia substancialmente em relação aos mestres de Israel. Esse distintivo não era fruto de um pastoreio impositivo, autoritário ou opressor. Mas, ao contrário, é decorrente de uma condução que está voltada para a dor e o sofrimento do próprio povo.

“Jesus sente compaixão do povo, pois são como um rebanho sem pastor”. De fato, o grande diferencial de Jesus em relação aos mestres de Israel era a capacidade de compadecer-se do povo. A compaixão aqui não pode ser entendida como sentimento de dó. Jesus não sentia dó, simplesmente! Ele tinha compaixão...

O termo compaixão entre homens aparece com pouca freqüência na Sagrada Escritura. Isso se dá porque, esse termo estava mais restrito à relação de Javé para com o seu povo de Israel. Ele podia designar a condição de sofrimento em que alguém se vê diante do sofrimento alheio. Sendo assim, ter compaixão é o mesmo que entrar em comunhão como sofrimento do outro; É sofrer junto com o outro!

Jesus contemplou uma multidão oprimida, desencantada, machucada, sem rumo. Ao sentir compaixão, ele atestou que era o verdadeiro pastor de Israel, que era o ungido do Pai, enviado “para anunciar a liberdade aos cativos, devolver a visão aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos e para proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19)

Nós somos, meus irmãos, o povo que hoje acorre a esse mestre de Nazaré. Também nós, à semelhança do povo neo-testamentário, trazemos em nosso olhar traços de profundos desencantos e frustrações. Quem sabe nossas experiências fracassadas nos deixaram unicamente a possibilidade de uma total falta de perspectiva, de descrença até mesmo no amor-compaixão do Deus que nos amou até às últimas conseqüências.

A interpelação do evangelho tem a finalidade de nos fazer compreender que o sofrimento humano não é alheio à Deus। Deus não está ausente nos momentos de dor. Mas. Ao contrário, a sua presença, mesmo que silenciosa, é garantia de que fazemos parte de um projeto amoroso.


Jesus é agora o verdadeiro pastor de Israel (Ez 3, 15). Ele caminha a frente do seu povo como o Bom Pastor que dá a própria vida pelo seu rebanho (Jo 10, 11); e quando alguma ovelha se machuca ele a conduz sob os seus ombros (Lc 15, 5) a verdes pastagens (Sl 23, 2 a). Nele, de fato, todos encontram vida abundantemente!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A liberdade

Falar de liberdade é muito complexo, pois dependerá, em grande parte, do conceito que comumento tem sido construído a respeito dessa faculdade inerente ao homem. Para muitas pessoas, ser livre é fazer o que lhe vem a cabeça; é não ter ninguém a lhe ditar regras ou a lembrar-lhe do que terá de fazer. É exatamente desse modo que pensa o adolescente que se aborrece diante das inúmeras cobranças de seus pais. Para outros, ser livre é está isento de qualquer fator que iniba suas paixões de modo que para estes, as extruturas sociais deverão sempre se adequar aos seus anseios e desejos permissivos. São pessoas enternamente insatisfeitas! Para outros, enfim, a liberdade consistirá em poder dizer tudo o que lhe vem à cabeça. Em geral, tais pessoas dizem palavras agressivas e, quando interpaladas, dizem que estão apenas sendo verdadeiras.
Entretanto, no fundo dessas justificativas há uma luta tremenda pela autoafirmação de seu sentimento de onipotência. O homem continua a reclamar para si o lugar que não lhe compete!

Para o cristão, a liberdade consiste na capacidade de usar a sua razão para escolher agir desse ou daquele modo de acordo com a graça de Deus que opera no interior de cada indivíduo. Portanto, quanto mais praticarmos boas atitudes, mais ascenderemos no caminho da liberdade.
Desse modo, nem sempre fazer o que nos vem a cabeça é sinal de liberdade, pois há muitos que, depois de se entregar a uma vida permissiva se deparam numa condição amargurante e de escravidão. Ser livre é ser capaz de amar e doar-se prontamente.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Dedicação da Basílica de Latrão


Neste domingo, dia 09 de novembro, a igreja celebrou a dedicação da Basílica de Latrão, primeira igreja cristã do mundo e catedral da diocese de Roma. Com esta celebração a Igreja faz-nos lembrar de que formamos um verdadeiro edifício espiritual em que Cristo foi posto como pedra fundamental.


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A fascinante Experiência de Cristo

O encontro com Jesus, foi, para todos os homens sedentos da presença de Deus, ocasião de um contato consigo mesmo, pois o mistério do Deus revelado em Jesus se destinava a revelar o mistério do próprio homem. Desse modo, o homem se viu projetado no "Filho do Homem" e a imagem rompida pelo pecado de Adão, foi restaurada mediante a Encarnação do Verbo Eterno feito carne e imolado por todos nós. Portanto, nele, a criatura humano se tornou mais humana!

A presença histórica de Jesus revelava e escondia ao mesmo tempo o mistério de Deus. Por meio de suas obras e palavras, Deus era manifesto aos pobres e sofredores. Com efeito, Deus se fez próximo e íntimo da criatura amada. Deus podia, efim, caminhar ao encontro da sua obra prima; podia falar-lhe ao coração. Entretanto, o que era um desvelar, se tornou obscuridade aos arrogantes deste mundo, de modo que muitos ouviam sem ouvir e vinham sem enxergar a grande obra de Deus manifesta em Jesus de Nazaré.
Muitos pretendem reduzir a figura de Jesus a um carismático vulto histórico que marcou uma determinada época com seus ensinamentos iluminados de sabedoria. Para tais pessoas, a divindade de Jesus seria meramente fruto da imaginação de São Paulo que divinizou a figura profética do mensageiro de Nazaré. Com efeito, parece-nos que Jesus permanece emblemático e obscuro também em nossos dias.

Para sermos introduzidos no mistério do Deus revelado é preciso que façamos parte do número do "Resto de Israel", o pequeno povo escolhido de antemão pela Sabedoria Eterna, a raça escolhia, os pobres de Deus.


domingo, 9 de novembro de 2008

São Bento - PB

A cidade de São Bento, situado no alto sertão paraibano, se destacou na região nordeste pelo seu potencial no setor da indústria têxtil. São consumidas milhares de toneladas de fios de algodão na confecção de redes de dormir, toalhas, mantas, panos de prato, tapetes, bolsas femininas, etc. Essa atividade é a grande responsável pela a geração de renda na região, de modo a tornar a cidade numa das cidades que mais crescem no Estado da Paraíba.
Essa atividade econômica surgiu no início do século XX de forma bastante rudimentar e era caracterizada como uma atividade eminentemente familiar. Todos os membros da família estavam absortos nessa atividade de tal forma que uns fiavam, outros torciam o fio no fuzil, outros enfim, teciam. Essa atividade era totalmente artesanal.

Com o passar d0 tempo essa atividade foi se tornando mais racionalizada, sobretudo, com a implantação de máquinas industriais adquiridas em São Paulo. O Sr. Manuel Lúcio da Silva foi o primeiro empresário a compor uma Indústria têxtil mecanizada. Essa fábrica se constituiu numa verdadeira revolução no setor.

Atualmente, a atividade se disseminou numa infinidade de pequenas e médias empresas responsáveis por um dos maiores ICMS no Estado e num índice insignificante na taxa de desemprego. Além disso, a geração de emprego desse setor tem fortalecido o comércio local, resultando sempre na criação de novos estabelcimentos comerciais.

Dentre as atividades consolidades pelo setor industrial do município de São Bento, deve-se destacar, sem sombra de dúvidas, o crescimento da construção civil. Em 2004, o IBGE estimou que pelo menos uma casa é construida por dia em São Bento. Além do mais, o cenário da cidade vem ganhando um panorama urbano atraente por causa do surgimento de pequenos edifícios.
SEUS INDICADORESIDH0,638 PNUD/2000
PIB R$ 76.556.761,00 IBGE/2003
PIB PER CAPTA R$ 2.725,99 IBGE/2003